Meu coração, não sei por que
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
(...)Ah se tu soubesses como sou tão carinhosa
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor


Então, engravidei!! Iupiii!!! Depois de 5 anos de casada e toda uma vida esperando por essa grande bênção, finalmente aquilo que eu mais desejava, que fazia meu coração arder e meus olhos chorarem: gerar um bebê!!
Mas e aí? Como foi tudo? Eu gosto de detalhes!!! Eu queria ter feito um verdadeiro diário de gravidez, até comecei por um aplicativo no celular, mas não deu.
Bom, primeiro que no meu aniversário, 18/10, (período que foi conturbado por causa de umas falsas amizades das quais escrevi muito por aqui) eu já estava grávida e nem fazia ideia...
Eu não tomo hormônios. Eu e marido tínhamos combinado de tentar encomendar o bebê a partir de jan/2012; final de set comecei a tomar o ácido fólico p/ dar os 3 meses ideais, mas aí ficamos “relax”, já não nos preocupamos em evitar e mais uma vez foi numa chance só (eu já havia engravidado em 2007)! Na semana da festa comecei a me coçar e pensei que fosse emocional. Não passou e pensei que fosse alergia ao maldito corante tartrazina, já que estava comendo balinhas de montão. Aí, lá p/ 3 marido teve um estalo (acho q ele sonhou, na vdd) e falou: você está grávida!!! Como não sou reguladinha, nem estava atenta ao calendário, mas no dia 05 de novembro, vejam só:


 Muita alegria, muita euforia, mas também um medinho sabem? Medinho que foi ficando cada vez maior, afinal, queria meu bebê pra mim, e ficava apavorada só em pensar em passar por tudo de novo... Neste mesmo dia tínhamos almoço em família, mas nos seguramos e cumprimos o que havíamos prometido um ao outro: segredo absoluto até 3 meses!!
E aí eu preciso contar uma coisa pra vocês: eu sempre fui apaixonada por crianças e gestação; nunca consegui ver grávida e não me derreter e sorrir loucamente por ela! E na minha cabeça, por esta ser a coisa mais linda, abençoada e feliz do mundo, grávida tinha que sorrir 24h por dia!!! Sério!! Eu achava que quando engravidasse iria sorrir até dormindo e quando eu via uma gestante pela rua emburrada, desanimada, cansada etc. eu não entendia! Eu me perguntava como ela poderia estar com aquela cara em vez de estar sorrindo escandalosamente por estar grávida! Rs rs rs rs
Daí que rapidinho eu entendi, gente!!! Primeiro que cortei um dobradinho com a tal da urticária gestacional (rara, não temam futuras grávidas): coceira extrema, empoladinhos, já estava me machucando, alergia a tudo que gosto de comer, dieta ultra rigorosa, alergia a roupas, só no quarto, fugindo do calor e dopada de polaramine, dormindo mais que tudo.
E a seguir, adivinhem quem chegou? Os enjoos! Matinais?? Nãaaao!!! 50 horas por dia!!! Nunca imaginei que existisse enjoo assim! Eu nem falava que era pra não enjoar. Aí marido fala pra mim “amor, melhor essa CARINHA, você está grávida, não devia estar com um ar tão abatido”. Pimba!!! Lembrei do que eu pensava quando via uma grávida emburrada e entendi perfeitamente!!!
Ao mesmo tempo que eu me sentia a mulher mais feliz do mundo, eu sou humana e não podia negar o mal estar que estava sentindo. Só digo isso para que as futuras mamães entendam: é a mlhor cosia do mundo? Siiiiiiiim!!!!! Mas vai ser só mar de rosas? Talvez sim, talvez nãaao! Minha tia passou a gestação lá em casa (eu tinha 10 anos) e garanto que ela não sentiu nadinha, além de dificuldade pra dormir (muita!). Mas estejam preparadas para as dificuldades! Saibam que ao engravidar já entendemos a frase “ser mãe é padecer no paraíso”!
A gente fica feliz, muito feliz (me sinto muito À vontade pra falar no plural, pois estou dividindo esta experiência com mais 8 gravidinhas, uma delas minha amiga-irmã de infância). Mas a gente sente tudo junto: muitos medos, ansiedade, irritação, carência, vontade de chorar, insegurança, vulnerabilidade...
É a maior experiência de paradoxo que já experimentei: me sentir super mal fisicamente e estar feliz por isso!
Mas a grande boa notícia é que esse mal estar do 1º trimestre passa (e nem são 3 meses, porque o 1º mês a gente passa sem sentir nada) e a gente se esquece dele! Mas a gente esquece mesmo! Fica tudo muito lá longe!! Porque a maternidade vai se tornando cada vez mais real! Vão aumentando a expectativa, ansiedade, alegria... Cada vez que a gente pode ver o bebê na ultra, constatar que ele está maior e ouvir o coraçãozinho batendo (também nas consultas) tudo de bom se renova e cresce: a felicidade, a coragem, a vontade de tê-lo logo nos braços!
Em tempo: desde o início eu tinha certeza absoluta de que era o Mateus que estava aqui comigo e não a Maria ou Giovanna (ou Maria Giovanna), mas fiquei com dor no estômago de ansiedade até conseguir ver na ultra! Na de 12 semanas não deu pra ter certeza. Na semana seguinte... Ah, assunto p/ 2º trimestre, conto depois! E aí também conto como demos a notícia para a família.

Ai, depois de reaparecer empolgadíssima, postando a cada 2 dias e com vários planos eu sumi de novo, não foi? E por vários meses!!!
Bem a maioria já sabe, mas vou contar: em outubro comecei a ter muitaaaa coceira, uma alergia louca a não se sabia o que, umas bolinhas, cansaço, sono, fome, enjôos e... Adivinhem só  o porquê de tudo isso?? Claro!! BEBÊ!!! Finalmente, minha tão sonhada gravidez!
Mas eu nunca iria imaginar que o 1º sintoma da gestação fosse a urticária! Assim, eu passei todo o mês de novembro deitadinha, no ar condicionado, sem usar nem roupa porque só o toque do tecido já me irritava. Já que eu podia ficar em casa, pra que me expor a mais coceiras, né? Isso, mais os muitos enjôos, mais as muitas novidades e preparativos e eu nem ficava mais no computador e nem consegui voltar aqui...
Depois preparativos para o chá de fraldas (meu principal assunto até agora, do qual vou falar MUITO aqui), obras de emergência na casa (q acabaram a poucos minutos!!! Ufa!!) e assim o tempo foi passando e me dei conta de repente que já estava mais de 5 meses afastada daqui.
Engraçado que eu bloguei em pensamento quase todos os dias!! Fiz mil textos na minha cabeça, contei mil novidades... Até tentei pelo celular, mas o blogger não entrou... Só hoje consegui finalmente sentar neste computador pra voltar!! Eeeeeeeee
Como o assunto principal agora vai ser o meu Mateus (e já estamos com 29 semanas, indo p/ 7 meses), hoje vou recomeçar por um outro assunto (e acabei devendo os comentários e fotos das viagens que fiz e a enorme carta do concurso, que não tive tempo de digitar): amizade e presença! Estou devendo este texto há vários meses também. Ele dia direto para o facebook, mas decidi trazê-lo pra cá antes! E chega que já falei demais (como sempre!):

“ Quem quer, dá um jeito de se fazer presente”

Com esta história de ficar pouco ou nada no computador, “escrevi” muitas e muitas coisas só na minha cabeça...
Uma delas foi sobre amizade. Eu pensava sobre amizade no geral, mas aí me inspirei numa amiga específica, que não pertence a nenhum dos grupinhos com que convivo (os amigos em comum q temos há anos não vejo “pessoalmente”).
Com esta grande amiga nunca me aborreci, magoei, chateei, decepcionei... Sempre foi só alegria! Se algum dia fiz algo que a desagradou, não fiquei sabendo...
Eu a ajudei, ela me ajudou, eu a ajudei, ela me ajudou... Já não se pode saber quem ajudou quem, quem ouviu quem, quem desabafou com quem... Sempre foi uma troca e uma troca muito sadia. As duas falam, as duas “ouvem” (hoje lemos na verdade).
Ela mora longe de mim e trabalha muito, então nem posso dizer que quase não nos vemos: na verdade, nunca mais nos vimos, a não ser virtualmente!!! Desde que nos formamos e tomamos rumos diferentes, só conseguimos nos encontrar duas vezes, a última no ano retrasado.
Mas querem saber? Como ela é presente!!! Posso dizer que ela é uma das amigas mais participativas que tenho (e não é a única a se fazer mais presente virtualmente do que muitos que estão fisicamente próximos, só que distantes)! A separação física não a impede de fazer parte dos momentos mais marcantes que tenho vivido e sei que também tenho feito parte da vida dela!
Daí o título – frase que ela mesma adota p/ sua vida! Porque quem quer, se faz presente e ponto! De um jeito ou de outro! Há pessoas que só sabem cobrar. Cobram “tá sumida”; “não vem aqui”, “não me liga”, “a gente não marca nada” etc.
Ora, eu não tenho ido à casa dessa amiga, ela nunca veio na minha; não marcamos nada, não nos telefonamos (nem sei se o celular dela ainda é o mesmo), mas não estamos sumidas. E olha que ela é uma das pessoas mais ocupadas que conheço! Mas na era digital, só some quem quer (a menos que a pessoa não esteja no mundo virtual, aí é outra história). Se antes usávamos msn e orkut, hj usamos facebook e nos falamos sempre! Se ela está triste eu me preocupo, se eu estou feliz ela se alegra comigo. Se ela viaja eu acompanho o passo a passo; se eu dou uma festa ela curte cada “flash”...
Eu não lembro de algo de 2011 que não tenhamos partilhado! Cada lágrima ou sorriso acho que contamos uma para a outra! Cada plano, cada sonho, decepção, recomeço, segredos e ansiedades. Ela me confidenciou que ia fazer seu sonhado curso no exterior; eu revelei que ia fazer a viagem dos meus sonhos (“e não vou mais; e vou sim,  acho que furou, e acho q vou; e vou sozinha; e finalmente vou com marido”...); fiquei na torcida pela habilitação dela; ela festejou ainda mais o dia de Natal quando soube da minha gravidez. E continuamos no mesmo esquema em 2012: entre aborrecimentos, vitórias, frustrações e alegrias, acredito que tudo temos compartilhado (e curtido e “descurtido”) juntas!
Ela me fez a maior surpresa desse ano me mandando um presente fofo pro meu filho e me fazendo chorar horrores! E foi assim que até no chá de fraldas do meu Mateus ela deu um jeito de “comparecer”, pois o CD personalizado que ela enviou foi sucesso de trilha sonora na festinha!!!
Entre nós nunca houve nenhum tipo de cobrança, de ciúme, de competição, de inveja, de imposição, de intolerância, de fofoca, de intriga, de picuinha, de desentendimento... Nós nos respeitamos, nos amamos, nos queremos bem e isso faz tudo dar certo. Se há alguma queixa pra eu fazer dela é dessa distância grande entre nossos bairros e da sua incapacidade de se teletransportar pra cá! Rs
Mas e aí? Será que alguém sabe de quem eu estou falando??? Bom, ela (nome depois), ao ler, acho que se reconhecerá bem antes de chegar na parte do presente...
Amiga, te amo!!

Atualizando em 22/04: Bom, agora que ela já leu, já chorou, já comentou por mensagem e pôs no facebook, conto que estou falando de Tarcia Cantanheide, minha colega de facul que virou amiga no nosso querido estágio da Petrobras!

Eu e Tarcinha na nossa formatura, em 2006


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