“Você não sabe
O quanto eu caminhei
Pra chegar até aqui
Percorri milhas e milhas
Antes de dormir(...)
Ver você dormindo
E sorrindo
É tudo que eu quero pra mim
Tudo que eu quero pra mim...
A estrada – Cidade Negra


Hoje é uma das postagens mais especiais pra mim! Sempre fui apaixonada por adoção! Meu maior sonho está se realizando agora: o de gerar! Mas sempre disse que também tenho vontade de um dia adotar, pois acredito muito na capacidade infinita que o coração de mãe tem de se alargar e amar a quantos filhos puder chamar de seus!
Pois num grupo do FB que me é muito querido (o Pais & Filhos) conheci a Lorena e acompanhei sua alegria ao poder fazer a certidão de nascimento do seu filho de coração. Comovida com a carta que escreveu para seu Pequeno, lhe pedi autorização pra trazê-la ao Blog e daí surgiu a ideia: puxar uma Blogagem Coletiva para comemorar o dia 25 de maio, DIA NACIONAL DA ADOÇÃO!
Contei com a ajuda da Clau Finotti para convocação/divulgação e, para nossa alegria, várias blogueiras fofas estão aderindo! E para minha maior surpresa, ainda recebi mais 2 depoimentos, ambos de filhas adotivas: uma colega de colégio e uma mamãe que também é do P&F!
Então bora parar de tagarelar porque hoje o foco é dessas 3 mulheres que maravilhosas e exemplares que toparam contar pra nós suas histórias emocionantes; tão diferentes, mas familiares em uma coisa: NO GRANDE AMOR QUE VIVENCIAM! Ao final, os links de outras super histórias dessa BC: passem nas meninas e confiram o que elas trazem pra nós (conforme for recebendo os links, vou atualizando, então voltem mais vezes! ;)

Depoimento da mamãe de coração, Lorena Correa

Carta a Felipe:
Mariana/Felipe,
É isso mesmo meu filho, eu e seu pai erroneamente achamos que pelo fato de decidirmos ter filhos do coração poderíamos também escolher quem viria primeiro, nos enganamos, pois Deus nos mostrou outro caminho.
Depois de 04 tentativas frustradas com a esperança de você chegar como Mariana, uma inclusive que fez a mamãe e a vovó comprarem coisas femininas, tivemos a enorme surpresa no dia 17 de outubro de 2011 de receber uma ligação informando que havia um bebê disponível – tinha que ser bebê porque sua mãezinha aqui queria sofrer tudo: as noites mal dormidas, as mamadeiras de 3 em 3 h, os refluxos, os banhos na banheira, a compra de coisinhas de 0 a 03 meses, 03 a 06 meses e 06 a 09 meses, etc.
E quando a mamãe foi buscar você que alegria! Felicidade que não cabe no peito, naquele momento você nasceu para nós, não através de uma cirurgia, mas através do imenso amor que estava guardado no nosso coração e que finalmente pôde criar forma a partir desse momento, da sua chegada.
E nem tínhamos ideia que iria ser tão rápido. Como a última tentativa havia sido frustrada a mamãe achou melhor só começar a providenciar qualquer coisa quando você já estivesse em casa. E a correria que foi quando recebemos o telefonema avisando que você já estava chegando?? Sacolas e mais sacolas de compras, só com o básico: banheira, roupas, leite, mantas, toalhas, tanta coisinha que eu e a vovó ficamos correndo pelo comércio carregando as compras de Natal e as suas coisinhas
E você chegou no dia 31/10/2011, na véspera do aniversário da mamãe e que presente a mamãe ganhou! Tanto que não fazia questão de mais nada, só você nos meus braços.
E tudo muda, a gente não imagina, mas mesmo você não saindo do meu ventre a mamãe virou uma leoa, o instinto materno apareceu na mesma hora em que você ficou nos meus braços pela primeira vez. A única coisa que fiquei com medo foi de dar banho, porque você era muito pequenino, tinha só 17 dias de nascido e aí ficou por conta da experiência da vovó.
A felicidade foi geral, foi um bichinho que mordeu todo mundo: seu pai que chorou copiosamente quando lhe viu, os de casa, os da casa da vovó Aila e todos os amigos da mamãe que sempre acompanharam a nossa trajetória na sua busca.
Felipe, eu escolhi seu nome, de príncipe, nome guardado por muitos anos, escolha boba, mas do coração, nome do príncipe de um desenho da Disney que a mamãe AMA: A bela adormecida, quando você estiver maior, vamos assisti-lo juntos.
Depois de 05 meses finalmente, pudemos tirar sua certidão de nascimento, com o nome dos seus verdadeiros pais, que sempre lhe desejaram e lhe esperaram com todo o amor e alegria no coração.
Meu filho, ter você é a realização de um sonho.
Seus pais: Lorena e Fabrício.

Depoimento da filha de coração Helen Joice:

Minha mãe (Emilda) se casou cedo, conseguiu engravidar e teve um aborto espontâneo e logo após descobriu que não poderia ter mais filhos. Meu pai (Adilson) tinha poucas probabilidades  de engravidar uma mulher na proporção de 1x100. Minha mãe junto como a mãe dela (Maria) começaram uma busca sofrida para adotar uma criança. Minha avó conhecia uma mulher que tinha vários filhos e não ficava com os do sexo masculino, queria dar...
Pronto assim minha mãe ganhou seu primeiro filho, Ualter! Um menino de aproximadamente 2 aninhos todo machucado e subnutrido, bem doente. Essa família vivia feliz até que em um de seus deslizes conjugais, meu pai engravidou uma mulher que era um tanto desajuizada.
Então, certo dia minha mãe soube de uma moradora que simplesmente queria dar uma criança. Minha mãe ficou sabendo que essa criança era filha de seu marido, meu pai. Sendo assim, ela foi atrás da minha genitora e disse que eu seria sua filha. Eu fui criada com todo amor do mundo, com todo carinho dessa terra, mas até então eu não sabia da minha verdadeira história. Aos 18 anos em uma briga familiar meu irmão disse aos gritos a minha origem.
Em momento nenhum eu me desesperei, muito pelo contrário: amei à minha mãe muito mais, dei muito mais valor!
E é com o maior orgulho do mundo que a chamo de mãe: ela é a melhor do mundo! Sou grata pela minha vida a ela, pois quando criança fui muito doente. Ela e eu sofremos muito com tudo, médicos pensavam até em transplante de rins.
Hoje estou aqui, feliz e saudável, para contar a minha história!


Depoimento da filha de coração Tatiane:

Oi! Meu nome é Tatiane, tenho 27 anos e sou adotada. A minha história começa quando meus pais de sangue vão morar em um conjunto que estava começando a ser habitado. Na casa ao lado moravam seu NELSON E DONA MARIA. Eles já tinham um filho chamado MARCIO, meus pais já tinham uma filha e eu nasci!
Dizem que o seu NELSON ficou encantado por mim: eu era magrela, cheia de ferida na boca, tive sarampo,  vivia doente, era carequinha, mas ele me achava linda e quando eu comecei a engatinhar, eu saía da minha casa e ia fazer xixi no tapete da casa dele. A esposa dele, D. MARIA ficava furiosa e com passar dos anos eu comecei a chamá-los de PAI E MÃE.
Meus pais já tinham mais 2 filhos  e todos sempre unidos com eles e eu sempre do lado do seu NELSON E DONA MARIA,  então eles foram meus padrinhos. Meu pai tinha outra família em outro bairro afastado e sempre ia lá final de semana  comigo, mas eu batia em todo mundo  com raiva e ele me trazia para casa dos meus padrinhos.
Em uma dessas viagens meu pai sofreu um acidente e faleceu. Eu tenho uma imagem dele sendo enterrado e eu jogando uma flor no colo da minha madrinha; ela conta que me abraçava muito forte em seus  braços com medo de eu ir embora, mas minha mãe disse que jamais iria fazer isso porque eu sempre fui deles!
Então eu cresci cheia de mimos e muito amor e sempre tendo contato com minha mãe biológica e meus irmãos.
Aos meus 18 anos, meu pai adotivo, que era muito ativo, levou uma queda,  quebrou o fêmur e ficou com sequelas. Foram 8 anos de muito sofrimento, meu pai em depressão, eu ali vendo tudo e então descobri que eu tinha 2 braços e 2 pernas e comecei a trabalhar para ajudar na renda da família  e dar uma força pra minha mãe de coração, que precisava cuidar de meu pai, idoso e cadeirante.  
Eu virei mãe, daquelas bem leoas, e meu pai começou a ter delírios. Ele gritava durante a madrugada e não deixava ninguém dormir. Perdi a cabeça quando vi que minha filha também estava sofrendo com todo aquele drama e quis ir embora de casa e deixar meus pais sozinhos, mas DEUS me mostrou que meu lugar era ali: meu pai caiu da cama mais uma vez, mas nessa ele bateu a fonte e quando eu entrei no quarto ele estava em cima de uma poça de sangue: carreguei-o no colo como eu sempre fazia e entendi o recado!
Naquele mesmo ano, pela 1ª vez, mesmo com todas dificuldades,  eu festejei o seu aniversario.  (...)
Meu pai precisou ficar no CTI e só eu sabia sentá-lo; foi bom ver o alívio que minha chegada lhe proporcionou (fizemos um revezamento na família), apoiei-o no meu corpo e finalmente ele dormiu. Pela manhã, ele estava muito bem, teve uma melhora. Pensei em ir embora e de repente o mundo parou! Senti seu último suspiro com uma luz na direção do seu rosto e eu percebi que algo estava faltando ali.
 Eu me perguntava por que justo eu estava ali, em meio a tanta gente para estar ao lado dele. Entendi que DEUS me colocou  na vida dele pra eu poder dar conforto e segurança em sua passagem e  acompanhar minha mãe nesse momento que meu pai foi embora. 
3 anos depois  e eu estou aqui muito bem com minha mãe adotiva, minha filha de 5 anos e agora com meu filhote  de 5 meses. A gente ri, chora, briga, conversa, passa perrengue  como uma família normal! Eu sinto que eu sou filha dela e dele mesmo não tendo o sangue: eles  me amaram e sempre batalharam pelo meu melhor e se eu não sou uma doutora importante pra eles não fez diferença, pois eu sou a filha companheira e parceira que se divide em mil pra poder dar o melhor pra minha família!
E sempre agradeço a DEUS por ter me dado essa família porque eu fui escolhida pra ser amada e para cuidar de pessoas especiais!

Bom essa é um pouco da minha história que não termina aqui porque eu vou adotar um filho, com a graça de DEUS! E ele  vai continuar essa linda corrente  do bem chamada ADOÇÃO, AMOR DE CORAÇÃO, AMOR DE VERDADE!!

Leia o depoimento de uma irmã de coração, Andreia Dias:

Conheça o relato comovente de Clau Finotti:

Veja o que Ana Cristina te ma dizer:



A Geh nos conta 3 histórias também:
Transformando com criatividade

Ana Cristina teve a alegria de ganhar um irmãozinho:

Nely trouxe informações sobre como adotar:

A Meri republicou histórias de adoção na sua família:


Lilian Brito trouxe um tom de poesia e muito informação:

 Eliene e conta como uma mãe de coração que amamentou:
Mulher Severino

Claudia Pinto lembra que a 1ª regra é o amor verdadeiro:

Lola conta 2 felizes histórias de sua família:

Alê conta do amor sem distinção pelos seus filhos:

Lauisa faz um importante alerta sobre golpes:
KKart’s

Fernanda Reali trouxe história, links e uma bela imagem:
Fernanda Reali

Dedé, cheia de sensibilidade, contou sua história:
Deborihces

Renata nos convida à reflexão e questionamentos:

Telma dá sua bela e opinião e traz filmes com o tema:
De casa nova


Luma trouxe muita informação e mais links:
Luz de Luma,yes party

Patrícia foi mãe por algumas horas:
Fuxicando ideias


Lililan contou pela 1ªvez de seus planos:
Duas moças prendadas


Crys Leite trouxe seus projetos, cheia de emoção:
Os opostos se distraem e os dispostos se atraem 


Adelaide conhece muitas histórias repletas de amor:
Eu sei... Vou contar!


Fabiana participa de palestras que abordam o tema:
Fabiana Fabrin


Claudia trouxe a emoção de ser Mãe e comemorar o dia 25:

Val refletiu sobre a atenção que a criança precisa:
Valéria Mendel


Aninha conta o qnt ama a mãe que a criou:


Deia conta toda a sua luta pra ficar com seu filho de coração:


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