O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo..”

Mário Quintana

Tempo

relógio

Quero parar,

Quero olhar...

Mas o tempo corre

Eu quero sentir,

Quero curtir...

Mas o tempo corre

Quero pensar,

Quero analisar ...

Mas o tempo corre

O tempo não espera por mim

Ele é frio, insensível

Não sabe que tenho um

Coração sufocado

pela correria

pela loucura

pela ambição do dia-a-dia

Ele não entende que eu preciso entender

Ele não aceita

Que eu não consigo aceitar:

Esta frivolidade urbana,

Esse modo de viver sem ser visto,

Sem ver o outro,

Sem sentir, sem tocar

E o tempo corre...

Mas eu quero sentir cada emoção de uma vez

De que me importa se a vida tem premência?

Eu quero saber da minha urgência,

Tão insana de compreender o incompreensível.

Preciso parar, preciso olhar

Mas o tempo corre,

Eu corro junto,

mando meus olhos* correrem ainda mais

Mas o tempo me vence.

Ele é implacável!

Não cansa,

Não tem remorso em atropelar

a vida

o amor

a humanidade.

Eu luto,

A correr e parar, pensar e sentir,

Mas ele me dá uma rasteira.

Quero ser serena, mas ele não abranda.

O tempo é inexorável!

Austero e fugaz

Não tem amor,

Não entende de amor,

Não chora,

Não ri,

Não tem vida

E por isso não sente...

Apenas passa,

Sem saber que me devasta...

Daniele Pivatelli 07/02/03 18:50min

*olhos: refere-se a um poema meu feito pouco antes.

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